
Por Pricila de Assis
Como expressar um sentimento quase consumidor?
Dizer palavras amáveis ao amigo, apenas para disfarçar o que de fato sente?
Quem realmente somos? Diante de tanta delicadeza, desejo e até mesmo fascínio constante?
Amar, sutileza que a vida nos proporciona a cada aurora da vida.
Escrever, companheira de todas as horas para desabafar o que guarda no coração amigo.
Dizer, saber como expressar sem assustar?
- Sinceramente, não sei.
Caminho entre as linhas deste pensamento, em cada linha encontra-se um sentimento sincero, tentando levá-los como a leveza das borboletas, com poucas discrições do que fato é, deste tal sentimento consumidor.
Deixo a palavra: amigo, voar entre linhas do meu pensamento, como as borboletas com sua sensibilidade, simpatia, cooperação, diplomacia e receptividade. Pelo ar ver-se a formosa espécie, única, gentil que só ela pode-se assistir em sua trajetória contemporânea.
Toda essa história faz-me recordar de um velho amor amanhecido, ousadamente dito com perfume de rosas vermelhas, como escarlates.
Não é mesmo fácil apaixonar-se pelas borboletas, por que elas pousam em você quando se menos espera, e, levantam vôo quando menos se quer que ela vá.
Mas, nesta trajetória ela nos ensina a ter paciência e, por que não aplicar o mesmo a nosso coração?
Uma das citações que há tempos ouvir de alguém, frase pertencente à escritora brasileira, Cecília Meirelles, explanando e, arrisco em dizer que até responde essa pergunta, dizendo: “Faze-te sem limites no tempo”.
Então, acredito, nós seres humanos tentamos limitar nossos sonhos, projeções, sabendo que nada somos donos, é daí que fica uma pergunta curta e simples: Para quê limitar-se?
Apenas vivemos e com isso aprendemos que somos tão livres, quanto às borboletas com suas mirificas cores unânimes.
Assim, é o amor, mesmo ainda sendo consumidor, fazendo de reis a servos, do humano ao espírito da simplicidade, em poucas linhas digo-vos, não existe explanação melhor a expressar em palavras, o que é sentir as borboletas sendo o nosso polinizador, em nossa alma.
*Texto dedicado a DCM,no dia 04 de novembro de 2009.