terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Esperando o espelho


“Estou aprendendo a viver sem você(...)” (Vinte e Nove – Legião Urbana)

Não é difícil entender. Acredito que é apenas uma questão de querer fazer dar certo. Essas palavrinhas mágicas do inicio desse texto, é apenas o reflexo do que ando a dedilhar em pensamentos soltos.

Alguns anos anteriores questionei os meus valiosos fundamentos intelectualizados, busquei fontes de orientação para entender o que pode ser o certo e errado – Certo ou errado? Para quem? E com quem?.

Durante a saga de tentar entender o mundo complicado – Sim, complicado por nós mortais - Terminei compreendendo a simplicidade do meu e o seu dever nessa terra de gigante: É que todos nós vivemos os dias conforme toca a música da vida.

Estou vivendo dias tranqüilos, dias de sossego, dias de paz em mim. Algumas preocupações corriqueiras, coisa normal: bateria de muito trabalho aqui e acolá, estudo edemaciado de tolerantes pesquisas para começar o artigo cientifico, do final do curso de especialização.

Aqui penso: Do que vale a minha vida? Para quem estou pintando? – As coisas estão caminhando surpreendentemente conforme o que nada planejei, acho até engraçado. Engraçado? Porque vem a mente certa ocasião que alguém diz:

- Estou deixando Deus fazer à supressa. Deixando Ele desenhar e dar sombra aquilo que é necessário a mim.

Ouço a música “O descobrimento do Brasil”, Legião Urbana. A canção fala de um jovem apaixonado, sente-se felizardo em ser escolhido por uma bela moça e que o faz pensar em tê-la sempre ao seu lado. A música encanta do canto:

“Ela me disse que trabalha no correio
E que namora um menino eletricista
Estou pensando em casamento
Mas não quero me casar
Quem modelou teu rosto ?
Quem viu a tua alma entrando ?
Quem viu a tua alma entrar ?
Quem são teus inimigos ?
Quem é de tua cria ?

A professora Adélia, a tia Edilamar e a tia
Esperança
Será que você vai saber
O quanto penso em você com
o meu coração ?
Será que você vai saber
O quanto penso em você com
o meu coração ?
Quem está agora ao teu lado ?
Quem para sempre está ?
Quem para sempre estará ?

Ela me disse que trabalha no correio
E que namora um menino eletricista
As família se conhecem bem
E são amigas nesta vida
Será que você vai saber, o quanto
penso em você com meu coração ?
Será que você vai saber, o quanto
penso em você com o meu coração ?
A gente quer um lugar pra gente
A gente quer é de papel passado
Com festa, bolo e brigadeiro
A gente quer um canto sossegado
A gente quer um canto de sossego
Estou pensando em casamento
Ainda não posso me casar
Eu sou rapaz direito
E fui escolhido pela menina mais bonita."




Essa música dediquei a uma pessoa muito especial ao meu coração, que soube conquistá-lo em meados de novembro de 2009. Não sei o que anda acontecendo comigo, estou fascinada com a Stra. Nostalgia, por ora, abraço o retorno do tempo orgulhoso.

O final de tarde foi alegre, estava um pouco tensa com algumas coisas, precisei sair para resolver os últimos detalhes para sábado. Recebi uma ligação de uma fraterna curiosa e cheia de nove horas, li uma mensagem da GF é quem ando cultivando as flores carnavalescas e as regando com carinho, amizade e amor. E, o mais interessante que sentir uma alegria tão sincera, mas ao mesmo tempo fiquei com medo, medo da D. Ilusão ser chata e dar uma de bicho papão. Como queria ser menos medrosa nessa área sentimental, queria encarar os sentimentos menos cheios de amarras, dedos cuidadosos. Fico lembrando as noites afora que tenho por aí com amizades loucas e paquero um, falo com outro e é tão simples, mas quando se trata de alguém especial, fico assim: Sem rumo.

Estou cuidando do meu coração, isso basta. Por enquanto, estou cuidando daquilo que é importante para continuar evoluindo na minha fascinante jornada do coração bobo. Esperando por aquele amor arrebatador ou a minha companheira de grandes emoções. O recado e quem sabe até um conselho experiente aqui deixo:

Não pense muito. Aprenda descomplicar de vez e sempre.

Termino mais um entrelinhas com a música “Killing Me Softly” Lauren Hill – Recomendo essa música queridos amigos.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Falando: Arte da distância


No final das contas todo mundo quer ouvir o seguinte:

“- Você quer ficar comigo? Então vai ficar comigo.”

Engraçado como é o coração. Na semana passada assistir uma das aulas de especialização, na disciplina “Administração de Conflitos” onde a mestre em Psicologia comentou o seguinte pensamento:

- Nenhum ser humano suporta ficar apaixonado 24 horas. Se caso acontecesse este individuo estaria morto.

Saí daquela aula pensando e rindo ao mesmo tempo. Concordei com ela por que é a mais pura verdade. O mais interessante disso tudo que o ser humano consegue sair de uma dimensão para outra, recuperando-se de forma inesperada, superando os desafios e os obstáculos encontrados dia a dia. Descobre que dentro dele existe algo potente e uma fonte de vida surpreendente. Escrevo isso por experiência.

Dedilhando as idéias nestas linhas, vem a mente afirmação que dei para amiga, Lívia Oliveira:

- Lívia, estou tão feliz por não sentir mais nada por DG. Sentir que nada mais prende-me em uma relação antiga. Agora? Estou tão bem, mesmo que tenha alguns meses passado por um momento ruim no desconforto da paixão platônica (outra história que nem vale apena lembrar), qual serviu para crescer, amadurecer e alcançar o que mais desejava: auto bem estar.

Na seguinte afirmação a amiga Lívia solta:

- Perê (apelido dado por ela e Raquel em 2006) o seu rosto está radiante. Seu cabelo está diferente. Está apaixonada?

Logo respondo com risada gostosa:

- hahahahahaha... digamos que estou vivendo o que deixei de viver algum tempo. Estou sentindo outros perfumes, assistindo outro amanhecer com pessoas incrivelmente diferentes e que estou aprendendo a curtir sem preconceito o que gosto.

Terminando esse dialogo com amiga de longa data. Não demorou muito e vim para casa, uma chuva abundante e fazendo um tempo maravilhoso para dormir. Simplesmente liguei o computador e conectei todas a mídias sociais, no mesmo tempo trocava idéias com a turma e tocava violão para distrair o pensamento. Durante esse tempo entre conversas e outras, voltei a conversar com uma pessoa muito querida (GF) que conheço há um ano, veio em mente o primeiro momento que nos conhecemos (online) e de repente vem uma vontade súbita e louca de pedir em namoro, sabendo que reside longe da minha cidade. Daí alguém pergunta, o que tem tudo isso que estou escrevendo haver com inicio deste texto? A resposta mais sincera que encontro, é a vontade de dizer a este ser especial: Você me faz bem, mesmo tão distante fisicamente de mim. Só que existe uma problemática: Como fazer isso sendo eu, há um ano, dizendo que não queria "aprofundar" à relação, queria apenas amizade?! - Realmente o mundo dá voltas e, fico imaginando nos botões conversantes: Será que tenho segunda chance? Não sei.

Penso que namorar a distância é uma faca de dois gumes: Por um lado diminuiria as outras horas sozinha, chegaria em casa ansiosa depois de um dia cansativo de estudo e trabalho, edemaciados de responsabilidades tolerantes e encontraria o meu "coração" também no aguardo, ou, ligações e sms infinitos de carinho - É estou sentindo falta dessa atenção (não estou carente), mas o que guardo por GF é diferente, não sei explicar bem, é especial. E em contra partida sentiria necessidade fisíca de ter perto de mim esse mesmo coração, fora ansiedade de viajar ou na espera da viagem a minha querida terra dos barés.

Estive trocando figurinhas com amigos próximos e ouvindo/lendo opiniões alheias trantando desse tipo de namoro a longa distância. Alguns dizem que não é legal, pois alguém sempre saí ferido ou a distância é o que corrói com saudade, fora outros argumentos. Fico imaginando, se fosse tão ruim namorar a distância, certamente, não iria ter tantos casais de sucesso e casamentos que iniciaram longe (fisicamente) um do outro. Mas, recordo bem que passei por algo semelhante há quase um ano, no fundo só não levamos adiante pela inexperiência. Engraçado citar sobre inexperiência, soa quando aprendemos ou temos o primeiro contato, o segundo contato/vivência facilita o caminho. Até que tem verdade nisso. (Pausa)

(Retorno) Em fração de segundo vem a letra que tento compor, diz:

“O meu coração bate leve e feliz
Por que penso em você sempre feliz
Não sei onde estar essa hora, mas não importa
Nada importa se sinto sua presença perto de mim
Tenha certeza que guardo as doces palavras que canto... canto para você ouvir
Só quero que saiba, levo o seu sorriso comigo(...)”

Essa breve inspiração é inicio de palavras sem fim. Arriscando escrever canções que falam alto ao coração, ainda, muito iniciante quase estilo RESTART (emo...com todo o respeito aos apreciadores do estilo "Happy rock"). Bom, e daí? Pelo menos procuro aventurar-me em outras artes de se fazer o amor vislumbrante ao olhar quase leigo da apaixonite fervorosa.

Na realidade procuro compor a vida de forma simples e objetiva, não deixando escapar entres os dedos as oportunidades. Deixo a vida correr no seu modo natural, do lado de cá faço a minha parte e assim todos saem satisfeitos.

Não sei como será no próximo mês e dos outros seguintes, mas algo tenho certeza: Continuarei aqui descrevendo as boas-novas, mesmo que muitas delas podem não ser nada de mais.

Apenas busco a arte de viver com amor, sem estar na gaveta.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Amar de mãos dadas


22h00

“Me cansei de lero-lero
Dá licença, mas eu vou sair do sério
Quero mais saúde
Me cansei de escutar opiniões
De como ter um mundo melhor
Mas ninguém sai de cima, nesse chove-não-molha
Eu sei que agora eu vou é cuidar mais de mim
Como vai? Tudo bem
Apesar, contudo, todavia, mas, porém
As águas vão rolar, não vou chorar
Se por acaso morrer do coração
É sinal que amei demais
Mas enquanto estou viva e cheia de graça
Talvez ainda faça um monte de gente feliz.”
(Saúde – Rita Lee)


Desde muito cedo tomei gosto pela boa música, principalmente de rock brasileiro. O mais interessante que não tive influencia musical de dentro da família, na realidade nem sei como começou esse gosto diferente. O que consigo recordar é que ainda muito bebê ganhei um brinquedo de encaixes coloridos, pequenas peças e um dia o meu pai resolveu montar comigo um estilo violão, passei horas segurando aquele brinquedo e fingindo tocar.

Compartilhando essa parte da minha vida, bate aquela saudade apertante de momentos como esse da história que compõe a melhor melodia da vida. Sempre curti escrever, tive até um tipo de diário onde escrevia não coisas de amor ou qualquer coisa do estilo, mas tratava cada linha sobre a vida às vontades pensadas e não pensadas. Isso tinha entre os meus 11 ou 12 anos. Todos e até hoje fazem questão de lembrar de como sempre fui metida a intelectual, certinha e boa amiga, filha, companheira. É gostoso ter essa opinião alheia, mas tem horas que pesa, porque parece que não tenho direito de pisar fora da bola.

No recesso que tive do trabalho fui procurar os meus “bens” e “tesouros”, tive uma surpresa muito agradável ao voltar a ler pequenos trechos, na linguagem infantil e ainda aprendendo a dedilhar pensamentos. Fiquei emocionada como os poderes das palavras nos tomam por dentro, fazendo impactar sentimentos nobres. Durante a leitura percebi como mudamos no caminhar da vida, mudamos para melhor por mais que venhamos a precisar dar um tempo, por algum motivo.

Tenho aprendido tanto a lidar com as minhas emoções. Tenho aprendido a controlar o sentimento de posse, coisa que não sabia. Percebi quando perdi alguém muito especial.

Voltei a ler coisas sobre amor e paixão, buscando entender o que andei sentindo por longos meses. Descobrir que o sentimento tomado posse em mim foi o que casou certos desencontros emocionais, quebrando o equilíbrio maduro e correto pensando que existia.

Derramei lágrimas tristes por certa paixão não correspondida, mas como sempre tiro das situações chatas um grande aprendizado, fortalecendo as idéias, motivando a querer o melhor e acima de tudo a dar-se o valor.

Nos encontros da vida conseguir encontrar finalmente a paz que procurava. Aquela paz que faz sentir felicidade de sorrir para o nada. A paz da esperança e do sossego.

Sim, amei? Não amei.

Sim, apaixonei-me perdidamente? Com certeza.

Agora deixo esse tal paixão não correspondida ir sem dizer mais nada sobre nós, pois tudo foi dito nas entrelinhas de atitudes sãs. Atitudes até tristes de ambas as partes. Mal necessário? Quem sabe.

No momento tenho cuidado de mim, cuidado do meu coração. Fechei a porta? Fechei, mas a janela está aberta para entrar o sol, o vento, o perfume de novas flores. A janela é apenas o meio de dizer que o meu coração e a minha alma ainda estão vivos e tranqüilos. Não recordo agora qual é aquela canção que diz: Fiquei esperando na janela você chegar. Quem sabe não é isso que quero dizer?

Por enquanto canto minhas composições, toco no meu violão, escrevendo nas entrelinhas do pensamento da vida, flerta com um beijo, faço novos amigos e assim não deixarei de viver.

A vida segue a sua trajetória curta e breve.

Retornei a ouvir as músicas de Carla Bruni e lembrei de alguém especial que não vejo e nem tenho mais noticias. Por onde anda Lucy Garcia? Luciana Lopes? Duas figuras distintas que marcaram o meu mês de maio e junho de 2010.

Nessa nova etapa que estou vivenciando, voltei aprender algo muito importante que tinha esquecido: Fazer os outros sorrirem. Tinha esquecido que sou alegre e positiva, que divertia-me intercaladamente, aproveitando mesmo as noites e dias adentro, claro com a medida de responsabilidade. Passei alguns meses atrás ocupando a mente com preocupações de coisas comuns, da qual, a solução estava diante dos olhos e não enxerguei por querer prestar atenção apenas no que era conveniente, fiquei fascinada com a paixão cega, surda e muda.

Todo mundo quer amar, quer apaixonar-se perdidamente, quer viver coisas incríveis, anseia ter alguém que desfrute de sua Cia, sem nada perguntar, só apenas está ali à disposição. Procurei isso durante algum tempo e vi que estava fazendo errado, anulando certas possibilidades. Ainda bem que a vida é gentil de nos dar a segunda chance de acertar. E é isso que estou fazendo, deixando para trás todo aquele sentimento que envolvia angustia, dor, egoísmo e insegurança. Acredito que agora e pelo que sinto aos poucos estou caminho certo.

Essa noite na cidade está fria, ouvindo a música “Eu só sei amar assim”, na voz de Zizi Possi. Sabe gente, uma coisa desejo para este ano: Continuar curtindo toda a positividade.