domingo, 6 de junho de 2010

06/06/2010

“eu perco o chão, eu não acho as palavras (...) eu perco a hora (...)” (Metade – Adriana Calcanhoto)

Tenho buscado esses últimos 03 anos a melhor forma de expressar as linhas de pensamentos em blogs ou nos outros sites de informação, pelo que observo a evolução de estudar com afinco, tem sendo iluminador ao intelecto. Mesmo precisando passar horas em frente ao computador dedilhando textos, seja para o trabalho ou pessoal, mas sempre no objetivo de conquistar o tal do lugar ao sol.

Intrigante e insistente, é a mente acelerada sendo uma válvula de descontração, na linguagem técnica da psicologia: Terapia Ocupacional. Já faz um tempo que estava precisando parar um pouco com a rotina, a rotina venenosa do tempo, é o que leva muitas pessoas a frustrações e desânimo. Não estou falando que precisará de férias, mas especialmente essas últimas semanas minha mente andava uma bagunça, o que levava até então a desencadear muitas idéias alternadas as especulando para a bossa-nova, com direito a um cafezinho filosófico e uma boa literatura com Manuel Bandeira.

Como a breve citação da música “Metade”, buscamos continuamente sentimentos que possam nos preencher e ao mesmo tempo esvaziar das vontades loucas, como a de eternizar uma bela fraternidade. A reflexão do dia vem tornando-se a cada dia importante, principalmente para aqueles que ficam mais maduros, é aí que resolve dar atenção as mínimas coisas desta jornada da vida. Recordo que há uns anos, não preocupava-me em tirar um tempo para descansar a mente, costumava sair e voltar muito tarde para casa, agora? Como diz uma das músicas do Cazuza, com o ar de egocentrismo certeiro: “gosto do bom gosto”. O que aplica a todos, necessidade de ter cada vez mais a qualidade de vida, seja no intelecto, espiritual ou na vida pessoal, o desejo de está pautando e construindo o que pode ser bom, pensando no que poderá impactar o outro, pensando em fazer alguém feliz, o deixando com ar de super-poderoso (a) para que tudo isso e mais um pouco, possa não apenas ser uma mera especulação momentânea e humanitária do individuo que anda com os pés no chão, outros com os pés de escritores passivos da utopia, que vai além do que se vê.

Esses dias andam sensíveis. Acredito que é apenas o vislumbre de sentimentos passageiros, passageiros como as nuvens nubladas acompanhada com os raios e trovões das grandes tempestades, mas tudo passa, a situação é: viver, porque breve lá vem o sol entre reflexo e reflexões, em encontros e desencontros do mesmo sopro que nos atravessa. E, com o parecer de um momento feio, como foi dito da tempestade, torna-se belo. Logo o cheiro do campo, da rua molhada, dos pingos na janela, fará sentir o renovo do existir, voltando mais forte e sobre tudo: pensamento positivo, tudo tem seu momento, lugar e hora de acontecer. Finalmente, vale lembrar-nos mais uma vez: Bola para frente, pois de repente vem o gol da virada ou quem sabe da vitória?

Até logo =]

quinta-feira, 3 de junho de 2010

04/06/2010

“Eu levo a sério, mas você disfarça...” (Djavan)

Em uma das conversas no MSN com algumas raridades, acompanha-me minha velha amiga solidão, a MPB desbravada e madrugada de chuva manauará, pensando no que foi dito em duas conversas, diz:

Parte I

Polly diz:

- Como você está?

De Assis responde:

- Estou beleza! Coração apaixonado pela literatura, pela chuva que cai neste momento, pela vida que é constante. Assim sou, assim existo.

Parte II

De Assis diz:

-Alma de Poeta!

Marcos responde:

- Não sou Vinicius de Moraes, mas sou Vinicius de Souza. Está no nome.(risos)

De Assis responde:

- ahahahaha...Eu sei disso, pois também como Machado de Assis, sou De Assis. Está no nome.

Acredito que representamos bem os nossos nomes, seja você, um ser com alma de poeta levado à bossa-nova, ou apenas um alguém sem rótulos, mas tanto quanto Marcos ou Eu, faz-se também a diferença. Que venhamos a pensar no impacto que realizamos no dia a dia. Pense nisso.

Tenha um ótimo feriado prolongado!

03/ 06//2010

“Me esqueça sim: pra não sofrer, pra não chorar, pra não sentir (...) É só você que vem, no meu cantar meu bem, é só pensar que vem láia láia (...) Misture alma e coração.” (Grão de Amor – Arnaldo Antunes e Marisa Monte)

Navegando na literatura online, tenho o hábito de ler algumas coisas da escritora de “alma prolixa”, Clarice Lispector, sabe expor afinco seus pensamentos constantes. Este mês é especial para os “enamorados” e, para alguns como eu, ainda solteiros, ficamos na espera de acontecer um belo romance europeu (risos). Andei pensando em algumas coisas relacionadas a namoro, refletindo sobre isso, vejo que é algo muito liberal, tão liberal e normal que torna-se perigoso. Existe gente que estar por estar com alguém, para não sentir-se sozinho, medo da solidão que termina entrando muitas vezes na famosa “barca furada”, outros está ao lado de alguém é um típico “love songs”. O que quero dizer que vejo atualmente em casais e solteiros metidos a modernos, faltando à cumplicidade da idéia de ser algo mais completo, mais sincero ou mesmo mais tranqüilo, como diz uma das canções de Vinicius de Moraes: Que seja eterno enquanto dure. Agora a mim, o negócio do processo que leva o nome de paixão, amor, namoro, noivado e casamento é tudo muito complexo, não lembro de ter vivido um grande amor, mas recordo de ter perdido-me por uma paixão que bateu forte na alma, tem uma passagem da Lispector que diz:

“Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.”

Hey! Parece complicado não é? Mas tem outro aqui que diz:

“Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.”

Quando digo complexo, complicado ou qualquer outro gênero, estou a dizer que o relacionamento em si sempre foi muito misterioso, temos que descobrir e deixar viver outro, permitindo a entrada do que pode ser sincero, causando um impacto que começa dentro de nós. Todos até os mais moderninhos querem um amor, desejam dividir sua vida com alguém, acordar pela manhã ver aquela carinha toda amassada dos lençóis ou quando final da tarde, depois de um dia cansativo, ligar para este alguém especial e dizer: Como você está?. O que deixa mal esse novo século é justamente o que disse no inicio: a liberdade afoita. Por isso existe tanta gente rompendo casamento, noivados ou namoros de longa data por traição, falta de cumplicidade e alguns casos de amor próprio.

Tenho vinte e poucos anos, vivo com intensidade essa minha fase de solteira, gosto? sinceramente estou começando a ficar entediada, necessitando namorar sério – Não que saia pegando alguém! Hahahaha...não mesmo, sou careta!, mas penso em ter alguém ao lado para sonhar, crescer, dividir, rir e sei lá mais o quê junto, a idéia de encontrar alguém que possa dizer com entusiasmo aos amigos, como diz minha amiga e colega de profissão, Juliana Prestes: Esse é o (a) cara!.

Embora, tudo tenha seu tempo e quando menos esperar vai emergir alguém ou de repente um louco em nossa vida de solteiro, dizendo: É tu mesmo coração! Ahahahahaha....brincandeira...fico por aqui escrevendo e escrevendo, dividido breves linhas de um pensamento acelerado. Desde agora desejo um ótimo feliz dia dos namorados e aos solteiros: Boa sorte! E cuide bem de seus corações, ah! E sugestão: passem o dia dos namorados com o grupo de amigos! Não fiquem em frente da TV ou computador acompanhado de pitzza e refrigerante, engorda horrores!! (terminando ao som de muita risada baré)

inté!

Fogueira de Vaidades

Pela estrada que a dor conduz,
É a estranha amiga que me seduz.
Caminho envolto a neblina e a fumaça
E a turva forma me abraça.

Seguir tentando respirar por essa selva de pedras
Entre as ruínas e dejetos neste esgoto à céu aberto,
Contaminando nosso lar, agonizando antes de asfixiar.

De todo lixo e podridão em meio desse turbilhão
O re-progresso será nossa redenção.

Aqui a vida não é um jogo, nenhum por ti nem deus por todos
Portas e destinos estarão sempre abertos,
Mas te ignoram quando você está por perto.
Sujeitos buscam distração
Tentando fugir de sua solidão
Egos famintos querem sempre mais,
Alimentam os olhos mas ferem a alma.

Enebriados pela luz vagando por qualquer cidade,
Ardendo em chamas na fogueira de vaidades.

Autor: Vinicius de Souza

****TExto gentilmente concedido pelo Amigo de longa data, Marcos Vinicius.