quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Minha saudade

Quando a saudade aperta não tem para onde se refugiar, ela vai se apertando, apertando até você não conseguir mais enfrentá-la de frente.

Às vezes me pego vagando na saudade e logo me deparo diante de tantos momentos vivenciados, dos quais, me fez sentir muito feliz. É então que vejo o seu rosto, um rosto que um dia me era estranho e sem diferença. Mas no agora, no presente, é um dos rostos que contem um sorriso infantil, um olhar amigo e a harmonia no falar.

Você se torna dia após dia um alguém importante para mim, talvez nem você saiba disso, ou tenha esquecido como amo estar com você. É você que me faz sentir saudades, mesmo que algumas vezes tenhas me irritado sem querer, mas, são nesses momentos que aprendir a respeitar seu espaço e sua diferença.

Quando a saudade quer me fazer ficar triste, me refugio em sua única beleza, pois dela e por meio do seu encanto que me fortalece dia a dia. De qualquer forma, sei que nossos caminhos sempre irá se encontrar, mesmo que não seja agora e nem amanhã, mas quem sabe numa sexta a noite de bohemia regado a bossa-nova a rock´n´roll?

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O quarto poder barateado


Nas ruas que passo venho assistindo os pontos factuais de uma vida barateada, cheias de ilusões e sonhos vazios das quais nos fazem perceber que a noticia continua estagnada diante de uma política crua e nua.

Como uma jovem jornalista lhes diz que minha política não passa de um simples favor trocado dentro de um mercado medíocre e hipócrita, no qual estar inserido absoluta melancolia social e o radicalismo de partido terciário.

Todos os dias tenho que escrever o ego do meu chefe, esses dias que se passam se diz satisfatórios pelo rendimento e repercussão que é dado a esse ego.

Acredito que o jornalismo é hipocritamente intelectual. Alias, só se tornou uma profissão intelectual por questão de um único ser humano chamado repórter fazer inúmeras pautas e conclui-las em um único dia de trabalho.

Vejo que meu futuro é ser uma intelectual barateada, pois daqui a um tempo o que escrevo não passará de pequenos textos eternizados por meus futuros filhos que desde agora já tem nomes, João Vinicius e Ana Luisa.

Adoto um método básico para a sobrevivência jornalística e é claro que não direi que método é esse, a certeza que posso lhes dar é de que ainda no amanhã irá ler os artigos que ainda hoje escreverei.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Cálice perdido


Você partiu assim meio que de repente, como se nada tivesse acontecido.

Fiquei imaginando o motivo da sua ida, agora lembro das razões que você me fez pensar em seu vislumbre.

Sinceramente não sei mais o que dizer de nós dois.

Existem nesse exato momento em meus pensamentos pessoas que gostaria de rever e, no agora uma delas tem o seu nome.

Não se vá de novo, pois te reencontrei e tu vais me deixar, com o meu nobre coração sombrio e oculto, sem a cidadela que pensei até então ter me entregado.

Peço-te que fiques um pouco mais e deixamos descobrir o além das nossas faces o que pode ser o verdadeiro desejo de nossas almas.

Se ao menos for verdade o que pensamos sentir nesse momento, então possamos ir embora, sem imaginar que um dia teremos mais uma vez esse reencontro mirifico diante das nossas vidas cautelosas, dentro do universo considerado exaspero espiritual.

Aurora


Não fizemos promessas, nem juramos que iríamos estar juntos sempre, mas como aceitar a condição da partida repentina?

Veja você mesma, olhe que fizeste em mim.

Cobranças, separações, alegrias divididas.

Meu amor todo mundo tem uma história para contar, e de certo contarei a nossa.

Queria que fosses embora sim, mas sei bem que logo voltaras ao lugar onde deixastes saudades.

Essa noite estaremos dormindo em outros abraços, acordaremos com outros sorrisos.

Quem sabe amanhã possamos enxergar com outros olhos o que perdemos hoje ou talvez tenhamos ganhado.

O meu desejo mais sincero, é que um dia possamos encontrar um caminho mais certo para nós, mesmo dolorosamente sabendo que não será o nosso mesmo caminho.

Quem és tu?


Tu fizestes sonhar

Tu fizeste derramar de novo as lágrimas esquecidas no passado

Tu fizeste sangrar sem querer o coração ferido

Queria poder contar aquele que chamo de amigo o que se passa no meu coração

As vezes me pergunto onde estão esses amigos que tanto prezo o carinho e zelo o respeito.

Uma cidadela foi transgredida e violentada

Será que serei eternamente cega pelos fatos, sempre levando a sério as pequenas causas?

Ainda não sei se tu tens culpa de ter me mostrado aquele fato, que hoje ainda é uma farpa que agonia meu ser.

Apesar de tudo, o cálice dessa noite que tomamos de vinho com alguns cigarros terá em outras noites para recompensar meu tempo e espaço perdido.