domingo, 30 de janeiro de 2011

Em mim, flores de Outono


“Meu pensamento não quer pensar. Ele está com preguiça de se levantar(...)Que o meu pensamento não vai pensar... com os mesmos padrões de séculos atrás, com as mesmas paixões por coisas absolutamente banais(...)” (Meu pensamento não quer pensar – Paulinho Moska)


Gosto de escrever na madrugada.

Gosto do gosto de ficar buscando dentro de mim a inspiração viva.

Gosto de por para fora tudo aquele conteúdo entronizado com canções que falam por mim, de nós, de todos.

Tive um belo final de semana na companhia de pessoas especiais, com os seus particulares, seus problemas, suas evoluções.

Voltei a reencontrar gente que no fundo até nem queria reencontrar, fiquei sabendo de novidades que nem esperava ouvir, mas não desacreditei que as coisas podem mudar.

A vida é mudança, é constante evolução. E quando isso acontece, nada fica no lugar, nunca volta a ser o mesmo como foi do inicio.

Algumas coisas que tive o prazer de vivenciar mais uma vez:

Exalar cheiro do perfume conhecido.

Tocar na pele da paixão.

Ouvir com alegria as boas-novas.

Também tive uma dose de tristeza em ver que certas coisas não mudam.

Não fugir mais das minhas vontades que bateram a porta.

Estou tranqüila, percebi também que nem tudo é para sempre. A dorzinha deu uma pontada chata no inicio, mas definitivamente é melhor doer do que intercalar.

Escuto Paulinho Moska, músico com uma leveza em suas letras afáveis de romance. Gosto de ouvi-lo quando viajo, faz-me pensar nas coisas boas da vida. Faz-me querer escrever sobre o que passa aqui dentro desta mente acelerada.

Está ficando tarde e amanhã/hoje preciso levantar cedo para trabalhar no clipping e revisar a sugestão de pauta, cavar espaço para publicação na mídia, sem contar vou retomar nesta semana as pesquisas sobre mídias sociais.

Terminando mais um “entre linhas do pensamento” que agora entra com novo nome: Sentimentalismo Barato.

Compartilho a canção Reflexo e Reflexões:

“Esses encontros e desencontros do mesmo sopro que atravessa eu e você. Se estou contigo é porque estás comigo. E nós, não podemos nos perder(...)”

Vou indo, mas breve retorno. Sempre volto ao mesmo lugar para deixar flores de outono.

***

Manaus - Am

00h52

Sentimentalismo Barato

19h12

Estava ouvindo velhas canções de amor, canções que dilatam no peito a saudade apertante. Diante de certos encontros percebo como tenho amadurecido para uma realidade constante de sentimentos a flor da pele.

Estou com um nó na garganta que não sei se ainda suporto censurá-lo pelo simples motivo de não querer desabafar essa melancolia da alma.

Quero continuar aprendendo a suportar o insuportável, vencer os obstáculos, olhar além do que se vê, sentir a emoção da paixão incendiar o espírito.

Confidencio entre os acordes do meu violão palavras que guardei para alguém especial, mas entendo que ainda devo guardar esse tesouro para outro ser, talvez, em qualquer fila dessas do pão, do cinema ou quem sabe em uma mesa de bar encontrarei o que procuro mais de três anos.

Ao retornar para casa fiquei pensando em algumas coisas que rodeia as idéias. Cansei de esperar, cansei de chove e não molha, na realidade estou cansada de indecisões alheias. Nunca tive intenção de fazer promessas vazias ou em está no outros braços para esquecer do porre de outra pessoa.

Vou caminhando nessa longa estrada da vida com o sorriso no rosto, carregando no coração amigo os aprendizados, tirando das lições ruins o melhor para que no amanhã possa acertar.

Apenas procuro viver, não faço mais anulações a respeito do que querer. Cheguei cedo demais no ponto onde parei alguns meses. Agora? Bola pra frente, acredito que dessa vez será mais fácil esquecer o amor que tive.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O que vem...os que vão



Manaus-AM
01h49

“Quanto mais desejo
Um beijo, um beijo seu
Muito mais eu vejo
Gosto em viver(...)”
(Pétala – Djavan)

Canção bonita que fez lembrar de uma certa flor de lis.

Palavras que chegaram ao meu coração com saudosismo.

Não sei por onde anda, nem sei se lembras de mim.

Posso está com outras pessoas.

Posso até chegar apaixonar-me por algumas delas.

Mas, nunca chegará aos pés de quem um dia fez querer muito mais do que apenas abraços.

Posso desfrutar de outros lábios, escrever coisas que digam de amores que vem e vão, nada disso reflete o que sinto por aquela que toma por várias vezes a essa alma.

As nuvens surgem com a aurora, o cheiro das flores passa pelas narinas com a vontade louca de todos os dias sentir o mesmo perfume.

Cada toque que sinto passar pelo o meu corpo é pensando: Podia ser você.

É loucura? É amor? É paixão?

Simplesmente não sei.

Toco os acordes do meu violão, lembrando daquele final de tarde caminhando para escolher o melhor instrumento.

Recordo de tantos momentos.

Saudade de ouvir mais uma vez sua voz.

Sentir sua presença.

Essa madrugada que não está tão fria como as outras, navego no pensamento sobre as experiências que tenho vivenciado, mas ao mesmo tempo não tem feito tanto sentido.

Sabe, tenho medo de fazer pessoas sofrerem, criar expectativas por minha causa. Digo isso, porque tenho passado por umas e outras, mas não são pessoas que procuro, elas surgem na minha vida sem permissão.

Apenas, são seres que vivem o seu momento e permito que vivam um pouco de mim.

Sinceramente? Não sei por onde caminhar nesse coração, tenho medo de machucar pessoas que nem merecem, só porque desejo viver sentimentos intensos.

Será que estou fazendo errado?!

Ah, Deus! Ilumina o meu caminho.

Em prece, em devoto.

Meu coração, minha sincera e platônica paixão, fica um pouco mais nessa hora que nos passa.

Quero deleitar-me em seus abraços, seus lábios.

Sentir que ainda estamos aqui, juntos e ofegantes.

Em síntese final:

“De tudo ao meu amor serei atento(...)”

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Amor, Palavra e Literatura


Manaus - Am
01h34


“Não faço rodeios, não meço palavras
Eu digo o que sinto
Não perco meu tempo, amar não tem hora
Eu sigo seu ritmo
Te abraço apertado, adoro seu corpo colado no meu (...)”

(Cama Vazia – Rita de Cássia)

Alguém pergunta curiosamente:

- Cadê sua musa inspiradora?


Respondo imediatamente:

- Quem???

É quando faz pergunta esperta:

- Ah! Então posso ser essa “musa” inpiradora?!

Naquele instante acontece o inevitável do silencio e a trocas de olhares, caímos na gargalhada com gosto de comida japonesa no Japanase Food, situado no Dom Pedro. Saímos da temakeria em sentindo Ponta Negra rindo de algumas músicas que é muito conhecida no meio da bossa-nova e assim diz:

“Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor (...)”

(A Banda – Chico Buarque)

Passamos a noite conversando sobre música, projetos futuros, amigos, amores, paixões e tantas outras coisas que nos faz sentir vislumbrado pelo simples fato: Como temos tanto em comum.

Caminhando e cantando com essa companhia especial - no momento prefiro não revelar o seu nome - faz pensar no passado tão presente que tive e logo a saudade bate ao coração. Durante o nosso encontro assistimos a chuva bater no vidro do carro e na conversa veio abraço surpreso, pedindo um beijo com gosto de bis.

“Será que será” dessa vez? Talvez não. Depois de umas “pancadas” na vida passo a policiar os meus sentimentos, a não ver uma nova paixão: vir por vir, mas ainda mantenho a esperança de sim, quem sabe não é agora que tenho um alguém a minha disposição. Não peço muito da vida, apenas peço em oração um alguém que queira de verdade dividir apenas momentos que julgo importante nesta estrada.

Do lado de cá: Vejo flores.

Do lado de lá: Peço por favor, fique um pouco mais.

Então é quando ouço baixinho no meu ouvido:

- Me dar mais um beijo?

Finalmente, sem esperar muito o beijo toca os lábios de uma maneira sem despedida. Despedindo-se de mim pegando em minhas mãos com tanto afeto e respeito.

Sigo em frente, fecho a porta do carro. Em casa, chego no quarto e ligo a TV, mas nada toma tanta atenção do que aquele instante de olhares cheio de interesse e desejos. Olhar que não via alguns meses, como é bom sentir-se desejada por alguém.

Volto a rir de bobeiras magnetizadas da dúvida: Onde tirou a idéia de “musa” inspiradora?

Entre os meus botões acelerados fico só na sede de escrever mais e mais o que passa aqui dentro desse coração de poeta.

De repente volta um velho e conhecido poema de todos os boêmios, românticos, musicistas, poetas, escritores que apreciam o melhor da bossa com nada mais, nada menos que Vinicius de Moraes:

Soneto da Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Conheci esse texto ainda na adolescência, nas aulas de português da professora, Eunice Cunha, recordo que amei e emocionou com tamanha descrição da serena paixão. Agora, vem a mente depois de uma noite agradável, com belos sorrisos no rosto, encantos mirificos e intenções cheias de sutilezas, que o melhor do meu tesouro, guardarei a quem realmente hei de amar com toda alma.

Quem sabe isso seja utopia, mas se até o fim da vida conhecer alguém que faça perder o juízo por um momento, a sutileza da educação intencionada e partir para vontades loucas, certamente, vou saber que não é apenas uma paixão fulminante, energético, tolo, mas sim, finalmente chegou o momento:

O amor bate a porta desse jovem coração.

Simplesmente, procuro viver com a intensidade promissora. Declarando o que está guardado intactamente a um alguém, a um ser especial, arrebatador. Apenas, neste instante, fica os pensamentos deslizando as entrelinhas imaginárias dessa vida, contagiada de emoções regadas a bossa-nova.

Vontade Plena daquele que vive em mim :)))


Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Mateus 6:33


Adorar a um Deus vivo nos faz sentir seguros de um todo nesta vida. Entregar os caminhos mais particulares nos faz refleti: Como somos dependentes. Agradeço ao papai querido pelas promessas e muitas bênçãos benditas das quais sou grata por vivenciá-las a cada respirar.

Queridos, estou vivendo uma vida diferente. É um amor incondicional que faz sentir o desejo de ser cada vez única, faz abrir mão das minhas vontades, do meu querer para viver plenamente na presença do Pai. Mas, em mente lembro todos os dias que somos falhos, necessitados da unção, da misericórdia do senhor Jesus. Sou falha, sou pecadora e preciso mais de Cristo do que de qualquer religião. Aqui, faço recordar: Maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo. (1 João 4:4)

Todos os dias ao buscar Deus no meu quarto, no trabalho, na rua ou onde quer que esteja o Altíssimo faz-se presente em cada coisinha que possa sentir, posso tocar... cada sorriso que dou, cada lágrima derramada, cada instante, cada projeto que faço, cada objetivo alcançado ou não o senhor Deus, tem abençoado, tem feito presente.

Não é fácil aos 25 anos de idade dizer não ao sexo, vícios, coisas que o mundo de vislumbres oferece dia após dia, mas com toda a sinceridade só tenho conseguido vencer cada luta, cada batalha, porque tenho buscado ao lado dos meus amigos em Cristo, aquele que se Chama: O Rei da Glória. Meus abençoados, digo a vocês como Deus é bom e magnífico o tempo todo, sentir a presença Dele nos tomando, nos restaurando, nos curando e querendo fazer cada vez melhores em tudo.

Existem pessoas quando dizemos: Sou cristão, pensa logo que somos proibidos de fazer qualquer coisa que o secular faz. Amados, como muitos estão enganados. Somos jovens, somos pessoas, somos liberados de fazer qualquer coisa nesse mundo, só que nos tornamos diferente pelo motivo de querer fazer acampamentos espirituais onde buscamos nos confraternizar, gostamos de sair para jantar fora, receber amigos em casa para assistir filmes. Em I CO 6:12, diz: A mim tudo me é permitido, mas nem tudo me convém. Isso vai de cada um reter o que é bom para si, mas esse reter tem que ser mediado a vontade do nosso Deus vivo, o senhor da nossa vida.

O mundão nos oferece como disse: Baladas infinitas, beijos na boca de qualquer individuo, bebidas, vícios, mas ninguém enxerga que após uma noite dessas, o dia seguinte sentimos mais deprimidos do nunca, muitos pela mentira que vive, outros pela ganância, alguns pela promiscuidade e assim se vai vivendo. Quem sabe até sabe de tudo isso que vos escrevo, só que prefere está cego opcionalmente para não cair em depressão, tristeza, angústia. Eu escolhi abrir mão e viver o que está escrito em I JO 3:16: Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Algum tempo caí nas minhas vontades humanas, voltei a fazer tudo que fiz durante cinco anos da minha vida longe do pai: Bebia muito, baladas regadas a promiscuidades, fora muitas outras coisas. Era legal?? Claro, ótimo, qual é vontade carnal que não é gostosa??? Mas e depois? Depois é outro dia, no meu caso, não me contentava com o pouco, queria mais até chegar certo ponto do vazio, desespero da depressão, porque muitos como eu buscava a noite para preencher a distancia, preencher lacunas vazias no coração, confusa. Não faz muito tempo que estava voltando a viver isso de novo, mas quando entregamos a nossa vida a Cristo, meu irmãozinho e minha irmãzinha, as coisas mudam. Passamos a sentir falta de reuniões de oração, passamos a sentir falta de uma apego diferente, passamos a pensar: Nossa! estou com saudade de conversar com Deus. E de repente nos encontramos de volta ao caminho, porque Deus quando nos sela em vida, querendo ou não, retornamos sempre ao caminho Dele, é como se fosse natural do sobrenatural. E quando estamos longe do Pai, sentimos inclusive até falta de conversas mais regadas a conhecimentos gerais e produtivos com pessoas que caminham com o mesmo propósito, sem precisar falar palavras de baixo escalão ou depreciadoras. A conversa é outra, a convivência também é significativa, não é de metido crente, é apenas o natural do saudável, é família espiritual que cuida. Só dá para entender o que digo, quando se vive tudo que estou compartilhando. Tem uma canção que ouvi do DVD (Ganhei de presente quinta-feira) da banda “Diante do Trono” que diz:

“Dentro de mim existe um lugar
Um espaço pra alguém completar
Alguém que me entenda e compreenda
Alguém disposto a amar
Não sou um ser perfeito, mas sei
Que Deus em mim irá terminar
A sua obra, sua misericórdia
Cada dia vejo se renovar
Será que nas horas em que eu falhei,
você me olhou com perdão?
Nada é mais importante do que nossa comunhão
Meu irmão, eu preciso tanto de você
Me dê a mão e juntos vamos correr
Pelos campos do Senhor e conhecer o que é o amor
Que traz cura e restauração”
(Meu Irmão – Diante do Trono)

Essas palavras de benção traduz: Somos um em Cristo Jesus.

Sabe gente, tenho experimentado o renovo dia a dia. Não sei o que é, será um novo amor? Com certeza, com certeza é o amor de Deus que tem habitado no meu coração. É o novo de dizer: Espírito Santo abre os olhos espirituais em mim. Rendo a minha vida a ti Jesus.

Li alguns dias no perfil de uma velha companheira de faculdade que dizia: Hoje sei quem são os que me fazem bem, os que me fazem mal e os que não fazem simplesmente nada.

Com o coração de adorador meu amigo, Deus tem muito a nos oferecer, oferecer só alegria, palavras de felicidades, conforto do por vir e também de fortalecimento, pois nem tudo é flores, como crentes em Cristo passaremos/passamos por muitos momentos de divisão, tentação, batalha que às vezes vamos pensar: Vou desistir! É aí que Deus vem e derrama o seu rio de vida sob a nossa.

Ao ler a mensagem do perfil da minha amiga e procurando entender. Entendi que a nossa vida é assim com senhor, sabe porquê??? Porque passamos a enxergar o que é melhor para a nossa vida, mas não enxergamos com os nossos olhos humanos e sim com o espiritual. É aí que a realidade nos sobrevém e diz: Faça a triagem e diz o que é melhor para você no nome de Jesus.

Aqui quero registrar uma sexta-feira abençoada pelo pai, do qual faz meditar na palavra de vida:

"A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável” (Rm12:2)

A todos vocês meus amigos, visitantes e blogueiros desejo uma rio de bênçãos sem medidas sob suas vidas no nome de Jesus Cristo! Pois em minha vida só tem bênçãos a contar e elas sempre as contarei no: Escrevendo Entrelinhas do Pensamento da Vida.

Um grande beijo em seus corações,

Com amor em Cristo,

Pricila De Assis

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Para Pensar: Faça você também a diferença :)

“O que você pensou que era o final é só o inicio do caminho(...)” (Muita Calma Nessa Hora – Leoni)

Os pés caminharam acelerados e olhando o relógio para não chegar atrasada no dentista. Saí depois do almoço para resolver os pepinos e avaliação odontológica que estava marcada desde segunda-feira. O corre danado do dia é fogo quando tens que administrar o tempo com o trabalho central e recesso de aulas. Acordei na quarta-feira cheia de alegria pela bela noite de terça-feira que vivi surpreendentemente: “mordendo a língua”, iniciando a noite de quarta muito bem e obrigada na presença de gente querida. Cheguei em casa depois de uma manhã na ralação da redação, tarde/noite de reencontros/encontros com sabor de bis e final de tarde na malhação/academia. Antes de blogar e a vontade doida para escrever coisas borbulhantes com a energia da alegria eletrizante, deparo-me com um dos scraps de amizade e entro em uma madrugada com ar triste, com um nó na garganta.

Tenho uma amiga (Kamila Santos) que está passando por um momento difícil com sua mãe, problema muito sério de saúde. A mãe dela está fazendo hemodiálise e para “piorar” estar na lista de espera para doação de rins. Sabe amigos, visitantes e blogueiros, hoje/neste momento não estou afim dedilhar flores, mas de algum modo é interessante “falar” sobre a doação de órgãos, tempo, vida. Depois que saí do dentista fui parar na casa de uma velha amiga (Rosa), fazer uma visita “rápida” para ver a filhinha dela tão linda e esperta, saber como elas estavam e já que devia uma visita há alguns meses, decidir fazer isso enquanto estava com o tempo disponível.

Durante a visita fiquei assistindo o filme “Seven Pounds” (Sete Vidas) que tem uma representação absolutamente e plausível do Will Smith, qual tratava justamente sobre algumas vidas que esperavam ansiosas por um coração, medula óssea e outros. O personagem sofreu um grave acidente com a esposa e infelizmente ela morre. O cara fica doido, depressivo e decidi tirar a própria vida, mas o faz com objetivo, de doar o seu melhor para as pessoas que realmente precisam. O filme é belo, trágico e reflexivo. E ao assistir emocionou-me pelo fato de continuar acreditando que nesse mundo tem pessoas que tem a coragem de fazer o bem, mesmo que o bem seja o mal para si (Por acreditar em Deus e na bíblia, é errado um cristão tirar sua própria vida. É a minha visão cristã), mas na vida real, acredito sim, que tem pessoas que fazem o bem sem pedir nada em troca, sem interesse politicamente correto. Quando se trata especialmente da doação de órgão muitos esquivam da idéia, pensam: Como assim? Vou ser enterrado sem eles? Vão cortar-me? É aí que paro e penso: Owww carinha!!! Acorda! Um dia alguém que ama ou até você, pode precisar de doação de algum órgão. Infelizmente, tratar desse assunto ainda causa conflito, medo e entre tantas coisas. Mas, no fim, ainda existem pessoas que são doadoras e digo a vocês, como já disse a minha família: sou doadora de órgãos. Pode dar tudo. É o certo a fazer.

Talvez alguns se perguntem o que tem a ver com a mãe da KS? Tem tudo a ver meus amigos, a doação não precisa ser necessariamente de órgãos, mas tem seres vivos que precisam de tempo, tempo para interceder pela vida do outro, de fazer visitas em asilos/hospitais/Casas de Apoio com Crianças de HIV ou C.A, de ligar para alguém que necessita de palavra de conforto/um ombro amigo, de doar o seu talento para ensinar outras vidas coisas boas como artes, música, poesia, não sei...quem sabe até um sorriso, gestos simples: bom dia ou obrigado seu cairia bem para aquele que passa ao seu lado no trabalho, na rua, no ponto de ônibus, no táxi?!.

Hoje, correndo na esteira e ouvindo MUSE, pensei no filme e agora penso ao ler o recado da KS. Nas entrelinhas do pensamento vem perguntas de auto-reflexão: Como sou metida a ocupada. Será que realmente tenho feito a diferença? Como tenho ajudado o meu próximo em vida? É quando leio o recado de Kamila e faz-me ter a certeza de algum modo sim, podemos fazer a diferença nos mínimos detalhes. Compartilho o que ela escreveu durante noticia da sua mãe, diz:

(...)pri, eu fico muito, muito agradecida por você se preocupar..sei q tens uma alma pura e tens um belo coração.Você manda muita energia positiva pela expressividade q tens(...)

Meus fraternos, essas palavras fazem ter certeza de como sou abençoada por Deus. E a vontade doida de dividir isso com todos. Agradeço ao Pai pela oportunidade de dividir o melhor de mim aqueles que nem conheço. Dividir o melhor das minhas idéias, o melhor do exemplo, o melhor de tudo que possuo. E os compartilho não por compartilhar, pois vejo que é uma forma de servir a Deus, de servir ao meu irmão, meu inimigo, o desconhecido. Todos nós passamos por confusões, complexidades, duvidas e angústias, mas algo sempre vem a recordar: Tudo que acontece nessa vida é um tijolo a mais para o degrau da experiência de vida.

Quando comecei a dizer que fiquei triste pela situação atual da amiga KS, é pelo simples motivo de saber como é ter a incerteza do por vir. Então, sabiamente escrevi algo para KS lembrando que tudo nesta vida coopera para o nosso bem. No entanto, ao voltar a ler o scrap da minha fraterna percebi alegria dela de saber que fui atrás para saber como estava indo sua vida, a saúde da sua mãe. Uma forma de preocupar-me com o próximo, oferecendo o apoio e amizade, juntos são importantes para quem está passando/vivendo um instante delicado. Tantas vezes queria esse mesmo apoio da família dos meus pais, quando a minha irmã precisou viver fora da cidade com o papai e a mamãe, em busca da cura do Câncer. E quantas vezes não tive. Mas, Deus é tão bom conosco que os de fora (amigos próximos, igreja) foram os que estiveram comigo: Orando, intercedendo, ligando. Doaram o seu melhor e fizeram o melhor para fazer sentir-me tranqüila, amada.

Hoje, procuro mesmo nas horas de dor, com probleminhas (todos nós temos e vamos ter até o fim da vida) tentado sorrir, ser sempre positiva, porque isso é o meio de fazer a diferença no mundo que muitos não têm mais esperança, muitos não temem mais a Deus, não amam seus pais, não respeita o próximo, a natureza. Não estou dizendo que sou santa, mas digo que tenho aprendido desde a infância ser um alguém com diferenciais plausíveis, tentando fazer sempre o correto. Mesmo que às vezes ouça que é “caretisse”, bobeira. Quando digo de doação de órgãos, isso é apenas uma das formas de sermos mais sensíveis a realidade, sermos mais humanos. Mas como disse, existe `N` maneira de doar, só depende de cada um.

Acredito que o mundo ficará melhor se todos nós fossemos mais conscientes, humanitários, solidários. Certamente não existira tanta solidão, egocentrismo, futilidade e entre outros adjetivos negativos. Em final desse desabafo, lembro de que fui voluntaria de uma ONG, chamada ADEIS. Trabalhei voluntariamente por alguns anos na ADEIS (atualmente estou prestando serviço vez e outra para o GACC) e o tempo que passei na ONG, realizei trabalhos de comunicação social e um dos trabalhos foi uma experiência que tive com cinema, no ano 2005. No final da realização do curtametragem tinha em mente terminar com mensagem sobre ajudar o outro, ser mais colaborador. E na saga da pesquisa, tinha uma mensagem da madre Tereza de Calcutá que vi no quadro da ADEIS, diz:

“Sabemos que o que fazemos não é mais do que uma gota no oceano, mas se essa gota não estiver no oceano fará lá falta.”

E, ler essa frase da Madre, incentivo a você caro leitor/internauta de algum modo a levantar da sua cadeira de conformismo barato e fazer algo além de olha para o seu mundo legal, o convido a fazer a diferença, o convido a ser essa “gota no oceano”. Garanto a você que sua vida só vai melhorar, é como se fizesse educação física, malhar o corpo te deixa legal e com auto-estima, mas e a sua vida espiritual? Será que o seu sorriso amarelado continuará sempre o mesmo? O convido a ser um doador de tempo, de vida.

Seja diferente e se já é diferente, o convido a caminhar, somar, multiplicar e a dividir. Pense nisso. Ainda é só o inicio do caminho.

;)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

^ ^

“O pulso ainda pulsa
E o corpo ainda é pouco
Ainda pulsa
Ainda é pouco (...)”
(Pulso – Titãs)

As borbulhas de sentimentalismo cheio de alegria e descobertas voltam aos poucos. Tem horas que a vida gosta de nos testar e algumas dessas vezes mordemos a língua só de pisar fora do terreno.

E falar em terreno?!

Ando conhecendo o desconhecido, deixando toques de certas descoberta fazer mais sentindo. Abrindo a alma e os olhos do espírito falar por si o que será desse novo rumo, do novo recomeço.

Não, não.

Não estou falando de romances baratos, nem de amizades, nem de loucuras internas que você encontra ou vive aqui e acolá. Estou falando de coisas diferentes que fazem sentir adrenalina pulsar em todo o corpo.

Que saudade sentir da Srta. Adrenalina!

Adrenalina gostosa de arriscar o que ninguém mais quer arriscar. O quê? Não posso dizer muito, mas as entrelinhas podem responder o que você quer saber. Êee curiosidade.

Há dias o meu corpo pulsava, mas pulsava por pulsar. Agora? Sei lá. Está louco, voltando com verdadeiras intenções terceirizadas.

Descobrir em mim o que já conhecia.

O engraçado que determinadas circunstâncias da vida parece só acontecer comigo, como exemplo simplesmente esquecer o telefone no carro de uma desconhecida e mais que de repente, o resgata voltando para casa com uma vontade doida de rir, tomando conta dos seus trejeitos.

Ouvir algo na terça-feira:

- Antes de te conhecer era triste e não sabia. Triste assim sem explicação. Sorria, mas não sabia que no fundo era triste. Porquê simplesmente até as pequenas coisas te fazem rir.

Pensei:

- Fala sério!

Mas recordo de algo que vivi: Você me faz querer ser melhor.

Então, decidir pegar uma vibe diferente dos demais que conheci. Já estava tranqüila, deixando poeira eletrizante baixar, enxergando de novo o “além do que se vê”.

Interessante, finalizando esse texto, vem à mente o costume de revisar três vezes antes de postar qualquer coisa no blog e no fim do produto de algum modo ainda falta palavras. O interessante é justamente o que acontece em nossa vida. Tem momentos que nos faltam palavrinhas mágicas para expressar qualquer coisa sobre a vida. É quando penso em algo que aprendi há um semestre:

- Quero rir com você, rir mais com você.

Parece que cada dia que vivo, vivo mais intensamente. Redescobrindo coisas que para mim era sem noção, refletindo que nem tudo precisamos ser tão cheios de si, cheio de verdades, cheios de tantas certezas, poquê? porque podemos perder o melhor do espetáculo. Está o tempo todo tão certo pode torna-se uma pessoa menos compreensiva, relaxada, alegre.

Alguém quer ser assim? Ter alguém assim pertinho de você?. Achooooo que nãoooo...rs

Por esse dia digo:

- Sentir beijos desconhecidos, mas o sabor...Ah! o sabor, degustando com pedido de bis.

Volto em mim pelo caminho do contra-mão. Melhor assim do que o comum, gosto do incomum, do novo intocável. Faz-te querer mais e mais. Horas adentro sem pensar duas vezes.

Algo tenho a completar e compartilhar:

- Não tem problema, só estou com zen em mim.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Alheia de Si


Por onde anda aquele coração?

Tenho passado por momentos tranqüilos, mas de repente vem sobre mim uma onda saudosista de um sorriso que tive, da conversa curiosa, do abraço amigo, dos encontros de idéias cheias de intenções terceirizadas.

Por onde anda aquele coração?

Das horas adentro, dos encontros às escondidas e controladas pelo horário de chegada.

Saudade?

Sim, saudade. Saudade apertante que dá vontade de apertar até chegar o seu último suspiro de existência em mim.

Onde será que você estará agora?

No desejo de dizer: Espero que tão bem quanto aquele na esquina do outono.

Desabafo, apenas um instante. Preencho as horas cheias em outras horas vazias do encanto.

Encontro alguém aqui e ali que faz recordar de outro alguém.

Vivo, sim, vivo com intensidade, mas no cuidado para não machucar-me mais uma vez.

Por onde anda aquele coração?

Não sei mais noticias de última hora, mas algo mudou. Na realidade tudo muda, que mudança estranha.

Arrependimentos?

Todos nós temos e vamos ter.

E agora?

Distancia? Ausência? Piora a estória?

Talvez, depende de humano a humano, mas seria bom se de vez e outra fossemos surpreendidos com uma ligação gostosa, com as palavrinhas mágicas:

Olá? Tudo bem? .

Restando ao bobo coração palavras de gratidão, com tonalidade do amor storge.

Amanhã?

Será outro dia.

Dizem que amizade continua, mas vejo que ambos devem ser mediadores para funcionar.

Por fim,

Resta à companhia de si, companhia de outros, companhia do por vir, companhia da esperança, companhia do novo, companhia do velho, companhia do aprender, mas a melhor companhia que podemos ter em certos momentos é de:

O sóbrio sorrir ao escrever coisas que leva o som frenético da saudade para vida alheia.

Aqui estamos mais uma vez:

Apenas na vontade louca que resta da madrugada das linhas do pensamento.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

03/01/2011


"Onde estão os teus olhos? Agora que domei a fera. Agora que a dor já era(...)" - Luz (E. Hawaii)

Em uma das minhas meditações bíblicas tive a oportunidade de voltar a ler uma passagem que sempre gostei, porque retrata bem a questão do falar, agir e pensar antes de detonar quais quer pensamento. A passagem encontra-se em Lucas 6:45, diz: A boca fala do que está cheio o coração.

No decorrer da reta final de 2010 estive longe das postagens do meu blog “Entre as linhas do pensamento”. E pensando na passagem citada e ausente do site, estive passando por momentos decisivos entre escolher a primeira ênfase da especialização de Comunicação Social (Para que entendam estou cursando a ênfase em MKT e o outro Gerenciamento de Projetos) e depois da longa conversa com os meus pais decidir também cursar outra especialização (Enfermagem do Trabalho) diferente da minha atual profissão (Comunicação Social), fora que estou metendo a cara na pesquisa para mestrado sobre mídias sociais, ainda não é tema especifico tudo indica que será com essa abordagem do mundo cibernético. Enfim, tantas coisas precisei pensar, pesar e avaliar para a entrada “perfeita” deste 2011, pelo andar da carruagem o que mentalmente coloquei está dando certo na pratica. Sempre disse algumas pessoas que se você quer mostrar mudanças, comece dentro de você para que os outros vejam, principalmente, os de casa.

Diante de certos focos para 2011 que tem o objetivo de melhorar não apenas a qualificação profissional e sim aperfeiçoar o que tenho em mãos. Não bastamos focar certos interesses e não levar em consideração o que temos “debaixo da manga”. A questão é ser sempre o primeiro, melhor e o principal: proativo. Esses últimos meses (novembro e dezembro) andaram em uma correria louca entre estudos, trabalho e vida pessoal que andou por sinal muito confuso sobre assuntos de punho fraternal, espiritual. Mas o motivo mesmo da falta de postagem é simples: Falta de ânimo, andei com fortes resfriados, fora estresse emocional e com certeza faltou uma “musa inspiradora” para dar gás as diárias postagens. Antes de terminar o ano tive grande surpresa, reencontrei uma pessoa muito especial (Ana Souza) e que tem ajudado-me a cada dia, aos poucos também tem feito a diferença, trocamos publicação via e-mail, rimos ao telefone lendo os textos uma para outra, coisa que há tempos, talvez anos, não tivesse mais essa mesma oportunidade. Fazia isso com outra amizade, Iana Guimarães, meus pais ficavam loucos com as ligações até altas horas, o tempo foi passando e terminamos nos esquecendo de nos manter atualizadas. Embora, ano passado a minha vida estivesse cheia de coisas para resolver e que este ano já dei o ponta pé inicial, entre estas: Retomei as minhas atividades físicas e dieta balanceada, (não cortando nada, mas comendo na medida certa, sem excessos como doce e refrigerante) ainda sim, continuei escrevendo e guardando os textos no computador, com o desejo de um dia posta-los para que amigos, blogueiros e outros pudessem degustar de outros estilos textuais.

Sabe o que acho mais interessante querendo ou não, não consigo deixar de escrever, ainda mais se for para desabafar o que está guardado aqui dentro do coração, da alma de poeta. Quando a passagem de Lucas diz: “fala do que está cheio o coração”, é justamente essa transmissão de idéias, por vezes dependendo do estado de espírito do escritor, pode soar triste, melancólico ou repetição. Mas a mim, soa como desabafo de tudo aquilo que ele não consegue dizer com a boca, com os lábios cantando a melodia de suas palavras.

Sempre vi o desenrolar de textos como fonte de liberdade, fazendo-nos curar o que está guardado na alma seja ela ferida, alegre, amante ou qualquer outra idéia absolutamente solúvel ao individuo. Hoje, nessa primeira segunda-feira do ano, escrevendo apenas a reflexão do meu espírito que está apaziguado com as expectativas alcançadas e outras que estão em evolução. Estou com o coração amigo mais tolerante a certas mudanças que foram necessárias para enxergar melhor alguns caminhos, por hora também recordo de algumas escolhas que foram feitas por mim, abrindo mão do que parecia ouro, mas não era ouro. Neste momento vem a mente uma passagem do Mário Quintana sobre a felicidade, ele cita:

“Não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode
encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela
transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca
inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo,
mas não felicidade.”

Vi esse texto em novembro e chamou atenção justamente o encanto de como é descrito a felicidade. E percebi que os meus textos estavam em uma evolução contraditória sobre o que é estar feliz, apenas estava alegre por pequenos instantes, agora? Agora afirmo procurar a felicidade nas bênçãos que Deus tem proporcionado como o senso de direção. Incrível como o buscar de coisas diferentes podem mudar o nosso caráter, sempre tentei buscar as coisas de Deus, mas nunca procurei com tanta necessidade de ser preenchida no peito, vejo agora como senhor nos transforma e coloca como mediadores. Escolhi a frase acima dos Engenheiros do Hawaii não por apenas gostar de rock, mas porque espelha também como está a minha vida nesse inicio de ano: “Domei a fera” e “A dor já era”. Essas duas e breves citações dizem muito sobre o que procurei no ano passado e pelo que vejo estou indo muito bem. Fico muito tranqüila de começar um novo ano com as renovações internas, esperanças do por vir, crer no que não vi com olhos humanos, mas na certeza certeira de que tudo tem o seu tempo e a colheita dos bons frutos está mais presente do que nunca. Termino esse primeiro texto do ano desejando a todos um grande 2011 e que todos os desejos do seu coração possa ser realizado.

Lembre-se: Tudo é possível!