quinta-feira, 3 de junho de 2010

03/ 06//2010

“Me esqueça sim: pra não sofrer, pra não chorar, pra não sentir (...) É só você que vem, no meu cantar meu bem, é só pensar que vem láia láia (...) Misture alma e coração.” (Grão de Amor – Arnaldo Antunes e Marisa Monte)

Navegando na literatura online, tenho o hábito de ler algumas coisas da escritora de “alma prolixa”, Clarice Lispector, sabe expor afinco seus pensamentos constantes. Este mês é especial para os “enamorados” e, para alguns como eu, ainda solteiros, ficamos na espera de acontecer um belo romance europeu (risos). Andei pensando em algumas coisas relacionadas a namoro, refletindo sobre isso, vejo que é algo muito liberal, tão liberal e normal que torna-se perigoso. Existe gente que estar por estar com alguém, para não sentir-se sozinho, medo da solidão que termina entrando muitas vezes na famosa “barca furada”, outros está ao lado de alguém é um típico “love songs”. O que quero dizer que vejo atualmente em casais e solteiros metidos a modernos, faltando à cumplicidade da idéia de ser algo mais completo, mais sincero ou mesmo mais tranqüilo, como diz uma das canções de Vinicius de Moraes: Que seja eterno enquanto dure. Agora a mim, o negócio do processo que leva o nome de paixão, amor, namoro, noivado e casamento é tudo muito complexo, não lembro de ter vivido um grande amor, mas recordo de ter perdido-me por uma paixão que bateu forte na alma, tem uma passagem da Lispector que diz:

“Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.”

Hey! Parece complicado não é? Mas tem outro aqui que diz:

“Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.”

Quando digo complexo, complicado ou qualquer outro gênero, estou a dizer que o relacionamento em si sempre foi muito misterioso, temos que descobrir e deixar viver outro, permitindo a entrada do que pode ser sincero, causando um impacto que começa dentro de nós. Todos até os mais moderninhos querem um amor, desejam dividir sua vida com alguém, acordar pela manhã ver aquela carinha toda amassada dos lençóis ou quando final da tarde, depois de um dia cansativo, ligar para este alguém especial e dizer: Como você está?. O que deixa mal esse novo século é justamente o que disse no inicio: a liberdade afoita. Por isso existe tanta gente rompendo casamento, noivados ou namoros de longa data por traição, falta de cumplicidade e alguns casos de amor próprio.

Tenho vinte e poucos anos, vivo com intensidade essa minha fase de solteira, gosto? sinceramente estou começando a ficar entediada, necessitando namorar sério – Não que saia pegando alguém! Hahahaha...não mesmo, sou careta!, mas penso em ter alguém ao lado para sonhar, crescer, dividir, rir e sei lá mais o quê junto, a idéia de encontrar alguém que possa dizer com entusiasmo aos amigos, como diz minha amiga e colega de profissão, Juliana Prestes: Esse é o (a) cara!.

Embora, tudo tenha seu tempo e quando menos esperar vai emergir alguém ou de repente um louco em nossa vida de solteiro, dizendo: É tu mesmo coração! Ahahahahaha....brincandeira...fico por aqui escrevendo e escrevendo, dividido breves linhas de um pensamento acelerado. Desde agora desejo um ótimo feliz dia dos namorados e aos solteiros: Boa sorte! E cuide bem de seus corações, ah! E sugestão: passem o dia dos namorados com o grupo de amigos! Não fiquem em frente da TV ou computador acompanhado de pitzza e refrigerante, engorda horrores!! (terminando ao som de muita risada baré)

inté!

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