terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Amar de mãos dadas


22h00

“Me cansei de lero-lero
Dá licença, mas eu vou sair do sério
Quero mais saúde
Me cansei de escutar opiniões
De como ter um mundo melhor
Mas ninguém sai de cima, nesse chove-não-molha
Eu sei que agora eu vou é cuidar mais de mim
Como vai? Tudo bem
Apesar, contudo, todavia, mas, porém
As águas vão rolar, não vou chorar
Se por acaso morrer do coração
É sinal que amei demais
Mas enquanto estou viva e cheia de graça
Talvez ainda faça um monte de gente feliz.”
(Saúde – Rita Lee)


Desde muito cedo tomei gosto pela boa música, principalmente de rock brasileiro. O mais interessante que não tive influencia musical de dentro da família, na realidade nem sei como começou esse gosto diferente. O que consigo recordar é que ainda muito bebê ganhei um brinquedo de encaixes coloridos, pequenas peças e um dia o meu pai resolveu montar comigo um estilo violão, passei horas segurando aquele brinquedo e fingindo tocar.

Compartilhando essa parte da minha vida, bate aquela saudade apertante de momentos como esse da história que compõe a melhor melodia da vida. Sempre curti escrever, tive até um tipo de diário onde escrevia não coisas de amor ou qualquer coisa do estilo, mas tratava cada linha sobre a vida às vontades pensadas e não pensadas. Isso tinha entre os meus 11 ou 12 anos. Todos e até hoje fazem questão de lembrar de como sempre fui metida a intelectual, certinha e boa amiga, filha, companheira. É gostoso ter essa opinião alheia, mas tem horas que pesa, porque parece que não tenho direito de pisar fora da bola.

No recesso que tive do trabalho fui procurar os meus “bens” e “tesouros”, tive uma surpresa muito agradável ao voltar a ler pequenos trechos, na linguagem infantil e ainda aprendendo a dedilhar pensamentos. Fiquei emocionada como os poderes das palavras nos tomam por dentro, fazendo impactar sentimentos nobres. Durante a leitura percebi como mudamos no caminhar da vida, mudamos para melhor por mais que venhamos a precisar dar um tempo, por algum motivo.

Tenho aprendido tanto a lidar com as minhas emoções. Tenho aprendido a controlar o sentimento de posse, coisa que não sabia. Percebi quando perdi alguém muito especial.

Voltei a ler coisas sobre amor e paixão, buscando entender o que andei sentindo por longos meses. Descobrir que o sentimento tomado posse em mim foi o que casou certos desencontros emocionais, quebrando o equilíbrio maduro e correto pensando que existia.

Derramei lágrimas tristes por certa paixão não correspondida, mas como sempre tiro das situações chatas um grande aprendizado, fortalecendo as idéias, motivando a querer o melhor e acima de tudo a dar-se o valor.

Nos encontros da vida conseguir encontrar finalmente a paz que procurava. Aquela paz que faz sentir felicidade de sorrir para o nada. A paz da esperança e do sossego.

Sim, amei? Não amei.

Sim, apaixonei-me perdidamente? Com certeza.

Agora deixo esse tal paixão não correspondida ir sem dizer mais nada sobre nós, pois tudo foi dito nas entrelinhas de atitudes sãs. Atitudes até tristes de ambas as partes. Mal necessário? Quem sabe.

No momento tenho cuidado de mim, cuidado do meu coração. Fechei a porta? Fechei, mas a janela está aberta para entrar o sol, o vento, o perfume de novas flores. A janela é apenas o meio de dizer que o meu coração e a minha alma ainda estão vivos e tranqüilos. Não recordo agora qual é aquela canção que diz: Fiquei esperando na janela você chegar. Quem sabe não é isso que quero dizer?

Por enquanto canto minhas composições, toco no meu violão, escrevendo nas entrelinhas do pensamento da vida, flerta com um beijo, faço novos amigos e assim não deixarei de viver.

A vida segue a sua trajetória curta e breve.

Retornei a ouvir as músicas de Carla Bruni e lembrei de alguém especial que não vejo e nem tenho mais noticias. Por onde anda Lucy Garcia? Luciana Lopes? Duas figuras distintas que marcaram o meu mês de maio e junho de 2010.

Nessa nova etapa que estou vivenciando, voltei aprender algo muito importante que tinha esquecido: Fazer os outros sorrirem. Tinha esquecido que sou alegre e positiva, que divertia-me intercaladamente, aproveitando mesmo as noites e dias adentro, claro com a medida de responsabilidade. Passei alguns meses atrás ocupando a mente com preocupações de coisas comuns, da qual, a solução estava diante dos olhos e não enxerguei por querer prestar atenção apenas no que era conveniente, fiquei fascinada com a paixão cega, surda e muda.

Todo mundo quer amar, quer apaixonar-se perdidamente, quer viver coisas incríveis, anseia ter alguém que desfrute de sua Cia, sem nada perguntar, só apenas está ali à disposição. Procurei isso durante algum tempo e vi que estava fazendo errado, anulando certas possibilidades. Ainda bem que a vida é gentil de nos dar a segunda chance de acertar. E é isso que estou fazendo, deixando para trás todo aquele sentimento que envolvia angustia, dor, egoísmo e insegurança. Acredito que agora e pelo que sinto aos poucos estou caminho certo.

Essa noite na cidade está fria, ouvindo a música “Eu só sei amar assim”, na voz de Zizi Possi. Sabe gente, uma coisa desejo para este ano: Continuar curtindo toda a positividade.

2 comentários:

Kika Lima disse...

Tenso, serio parece ate q fui q escrevi o texto, to passando pelas mesma coisas e algumas coisas pensando igual.
Mais deixemos de tristeza pq a vida continua e o que é da gente vai vim na hora certa o/
Vou te linkar no meu blog blzs?

Pricila De Assis disse...

Owww.. Nanda, concordo com vc: O que é da fente vai vim na hora certa.

Quanto escrevi esse texto pensei em mim e naqueles que tbm passam ou passaram por momentos tristes, tensos e frustantes.. Fui realmente apaixonada por uma pessoa, mas infelizmente a vida fez o favor de deteriorizar...e agora? estou esquecendo de alguém que considerei parte de mim, sem mesmo ter.

É a vida: Crua e nua..rs

Pode linkar viu?!!! A disposição.. obrigada pela sua visitinha e seu comentário!

Grande beijo!