domingo, 20 de fevereiro de 2011

Falando: Arte da distância


No final das contas todo mundo quer ouvir o seguinte:

“- Você quer ficar comigo? Então vai ficar comigo.”

Engraçado como é o coração. Na semana passada assistir uma das aulas de especialização, na disciplina “Administração de Conflitos” onde a mestre em Psicologia comentou o seguinte pensamento:

- Nenhum ser humano suporta ficar apaixonado 24 horas. Se caso acontecesse este individuo estaria morto.

Saí daquela aula pensando e rindo ao mesmo tempo. Concordei com ela por que é a mais pura verdade. O mais interessante disso tudo que o ser humano consegue sair de uma dimensão para outra, recuperando-se de forma inesperada, superando os desafios e os obstáculos encontrados dia a dia. Descobre que dentro dele existe algo potente e uma fonte de vida surpreendente. Escrevo isso por experiência.

Dedilhando as idéias nestas linhas, vem a mente afirmação que dei para amiga, Lívia Oliveira:

- Lívia, estou tão feliz por não sentir mais nada por DG. Sentir que nada mais prende-me em uma relação antiga. Agora? Estou tão bem, mesmo que tenha alguns meses passado por um momento ruim no desconforto da paixão platônica (outra história que nem vale apena lembrar), qual serviu para crescer, amadurecer e alcançar o que mais desejava: auto bem estar.

Na seguinte afirmação a amiga Lívia solta:

- Perê (apelido dado por ela e Raquel em 2006) o seu rosto está radiante. Seu cabelo está diferente. Está apaixonada?

Logo respondo com risada gostosa:

- hahahahahaha... digamos que estou vivendo o que deixei de viver algum tempo. Estou sentindo outros perfumes, assistindo outro amanhecer com pessoas incrivelmente diferentes e que estou aprendendo a curtir sem preconceito o que gosto.

Terminando esse dialogo com amiga de longa data. Não demorou muito e vim para casa, uma chuva abundante e fazendo um tempo maravilhoso para dormir. Simplesmente liguei o computador e conectei todas a mídias sociais, no mesmo tempo trocava idéias com a turma e tocava violão para distrair o pensamento. Durante esse tempo entre conversas e outras, voltei a conversar com uma pessoa muito querida (GF) que conheço há um ano, veio em mente o primeiro momento que nos conhecemos (online) e de repente vem uma vontade súbita e louca de pedir em namoro, sabendo que reside longe da minha cidade. Daí alguém pergunta, o que tem tudo isso que estou escrevendo haver com inicio deste texto? A resposta mais sincera que encontro, é a vontade de dizer a este ser especial: Você me faz bem, mesmo tão distante fisicamente de mim. Só que existe uma problemática: Como fazer isso sendo eu, há um ano, dizendo que não queria "aprofundar" à relação, queria apenas amizade?! - Realmente o mundo dá voltas e, fico imaginando nos botões conversantes: Será que tenho segunda chance? Não sei.

Penso que namorar a distância é uma faca de dois gumes: Por um lado diminuiria as outras horas sozinha, chegaria em casa ansiosa depois de um dia cansativo de estudo e trabalho, edemaciados de responsabilidades tolerantes e encontraria o meu "coração" também no aguardo, ou, ligações e sms infinitos de carinho - É estou sentindo falta dessa atenção (não estou carente), mas o que guardo por GF é diferente, não sei explicar bem, é especial. E em contra partida sentiria necessidade fisíca de ter perto de mim esse mesmo coração, fora ansiedade de viajar ou na espera da viagem a minha querida terra dos barés.

Estive trocando figurinhas com amigos próximos e ouvindo/lendo opiniões alheias trantando desse tipo de namoro a longa distância. Alguns dizem que não é legal, pois alguém sempre saí ferido ou a distância é o que corrói com saudade, fora outros argumentos. Fico imaginando, se fosse tão ruim namorar a distância, certamente, não iria ter tantos casais de sucesso e casamentos que iniciaram longe (fisicamente) um do outro. Mas, recordo bem que passei por algo semelhante há quase um ano, no fundo só não levamos adiante pela inexperiência. Engraçado citar sobre inexperiência, soa quando aprendemos ou temos o primeiro contato, o segundo contato/vivência facilita o caminho. Até que tem verdade nisso. (Pausa)

(Retorno) Em fração de segundo vem a letra que tento compor, diz:

“O meu coração bate leve e feliz
Por que penso em você sempre feliz
Não sei onde estar essa hora, mas não importa
Nada importa se sinto sua presença perto de mim
Tenha certeza que guardo as doces palavras que canto... canto para você ouvir
Só quero que saiba, levo o seu sorriso comigo(...)”

Essa breve inspiração é inicio de palavras sem fim. Arriscando escrever canções que falam alto ao coração, ainda, muito iniciante quase estilo RESTART (emo...com todo o respeito aos apreciadores do estilo "Happy rock"). Bom, e daí? Pelo menos procuro aventurar-me em outras artes de se fazer o amor vislumbrante ao olhar quase leigo da apaixonite fervorosa.

Na realidade procuro compor a vida de forma simples e objetiva, não deixando escapar entres os dedos as oportunidades. Deixo a vida correr no seu modo natural, do lado de cá faço a minha parte e assim todos saem satisfeitos.

Não sei como será no próximo mês e dos outros seguintes, mas algo tenho certeza: Continuarei aqui descrevendo as boas-novas, mesmo que muitas delas podem não ser nada de mais.

Apenas busco a arte de viver com amor, sem estar na gaveta.

2 comentários:

Anônimo disse...

Continuo fã dos seus textos, ainda no aguardo da resposta de 9 de fevereiro. Se não lembra de mim, mande e-mail fabio_renam@yahoo.com.br.

Bjs.

Pricila De Assis disse...

Nossa!

Muito obrigada, Fábio!

Agradeço o carinho e atenção sobre os meus textos. Engraçado, os acho tão simples, mas mt sinceros..deve ser isso...

Valeu mesmo por ser assiduo!

:)

Grane abraço fraternal!