terça-feira, 9 de março de 2010

O QUE NÃO SINTO


Por Pricila De Assis
02h56 pm


Fez-se um dia mais apenas um dia. Caminhava entre as pontes da solidez do coração solitário, observando desatento o passo curto de outros. Logo, vi-me em fuga do desespero que até então aquele pequeno instante há tempos não voltará sentir, uma ausência abateu-se mais uma vez presente, sem saber onde terminará está tal solidão que com longo da vida, tornou-se minha companhia, minha amiga.

Foi então que percebi, mesmo que venhamos a correr contra todo o tempo do mundo, no fundo tudo conspira para relembrar do que fato é, seja o que for: mais é. Somando em múltiplos querer, desejos invasivos, tomando o sono.

Nesta hora é tarde da madrugada e, por muitas horas fugir do principio, não tentando lembrar ou recordar de velhos rostos, sabendo que mais uma vez não saberia dizer, o que todo mundo precisa dizer ao menos uma vez na vida: Eu te amo.

Tudo que preciso nesse pequeno espaço de vida, entre as duvidas do dia a dia, ou simplesmente o calor da cidade mais quente do país, é sentir não mais o que não sinto, porque não tem tempo ou silêncio que descreva o que é: saudade.


** Texto dedicado a uma pessoa que foi muito importante durante quatro anos da minha vida. Sinto muita saudade. Amo vc.

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