segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

03/01/2011


"Onde estão os teus olhos? Agora que domei a fera. Agora que a dor já era(...)" - Luz (E. Hawaii)

Em uma das minhas meditações bíblicas tive a oportunidade de voltar a ler uma passagem que sempre gostei, porque retrata bem a questão do falar, agir e pensar antes de detonar quais quer pensamento. A passagem encontra-se em Lucas 6:45, diz: A boca fala do que está cheio o coração.

No decorrer da reta final de 2010 estive longe das postagens do meu blog “Entre as linhas do pensamento”. E pensando na passagem citada e ausente do site, estive passando por momentos decisivos entre escolher a primeira ênfase da especialização de Comunicação Social (Para que entendam estou cursando a ênfase em MKT e o outro Gerenciamento de Projetos) e depois da longa conversa com os meus pais decidir também cursar outra especialização (Enfermagem do Trabalho) diferente da minha atual profissão (Comunicação Social), fora que estou metendo a cara na pesquisa para mestrado sobre mídias sociais, ainda não é tema especifico tudo indica que será com essa abordagem do mundo cibernético. Enfim, tantas coisas precisei pensar, pesar e avaliar para a entrada “perfeita” deste 2011, pelo andar da carruagem o que mentalmente coloquei está dando certo na pratica. Sempre disse algumas pessoas que se você quer mostrar mudanças, comece dentro de você para que os outros vejam, principalmente, os de casa.

Diante de certos focos para 2011 que tem o objetivo de melhorar não apenas a qualificação profissional e sim aperfeiçoar o que tenho em mãos. Não bastamos focar certos interesses e não levar em consideração o que temos “debaixo da manga”. A questão é ser sempre o primeiro, melhor e o principal: proativo. Esses últimos meses (novembro e dezembro) andaram em uma correria louca entre estudos, trabalho e vida pessoal que andou por sinal muito confuso sobre assuntos de punho fraternal, espiritual. Mas o motivo mesmo da falta de postagem é simples: Falta de ânimo, andei com fortes resfriados, fora estresse emocional e com certeza faltou uma “musa inspiradora” para dar gás as diárias postagens. Antes de terminar o ano tive grande surpresa, reencontrei uma pessoa muito especial (Ana Souza) e que tem ajudado-me a cada dia, aos poucos também tem feito a diferença, trocamos publicação via e-mail, rimos ao telefone lendo os textos uma para outra, coisa que há tempos, talvez anos, não tivesse mais essa mesma oportunidade. Fazia isso com outra amizade, Iana Guimarães, meus pais ficavam loucos com as ligações até altas horas, o tempo foi passando e terminamos nos esquecendo de nos manter atualizadas. Embora, ano passado a minha vida estivesse cheia de coisas para resolver e que este ano já dei o ponta pé inicial, entre estas: Retomei as minhas atividades físicas e dieta balanceada, (não cortando nada, mas comendo na medida certa, sem excessos como doce e refrigerante) ainda sim, continuei escrevendo e guardando os textos no computador, com o desejo de um dia posta-los para que amigos, blogueiros e outros pudessem degustar de outros estilos textuais.

Sabe o que acho mais interessante querendo ou não, não consigo deixar de escrever, ainda mais se for para desabafar o que está guardado aqui dentro do coração, da alma de poeta. Quando a passagem de Lucas diz: “fala do que está cheio o coração”, é justamente essa transmissão de idéias, por vezes dependendo do estado de espírito do escritor, pode soar triste, melancólico ou repetição. Mas a mim, soa como desabafo de tudo aquilo que ele não consegue dizer com a boca, com os lábios cantando a melodia de suas palavras.

Sempre vi o desenrolar de textos como fonte de liberdade, fazendo-nos curar o que está guardado na alma seja ela ferida, alegre, amante ou qualquer outra idéia absolutamente solúvel ao individuo. Hoje, nessa primeira segunda-feira do ano, escrevendo apenas a reflexão do meu espírito que está apaziguado com as expectativas alcançadas e outras que estão em evolução. Estou com o coração amigo mais tolerante a certas mudanças que foram necessárias para enxergar melhor alguns caminhos, por hora também recordo de algumas escolhas que foram feitas por mim, abrindo mão do que parecia ouro, mas não era ouro. Neste momento vem a mente uma passagem do Mário Quintana sobre a felicidade, ele cita:

“Não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode
encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela
transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca
inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo,
mas não felicidade.”

Vi esse texto em novembro e chamou atenção justamente o encanto de como é descrito a felicidade. E percebi que os meus textos estavam em uma evolução contraditória sobre o que é estar feliz, apenas estava alegre por pequenos instantes, agora? Agora afirmo procurar a felicidade nas bênçãos que Deus tem proporcionado como o senso de direção. Incrível como o buscar de coisas diferentes podem mudar o nosso caráter, sempre tentei buscar as coisas de Deus, mas nunca procurei com tanta necessidade de ser preenchida no peito, vejo agora como senhor nos transforma e coloca como mediadores. Escolhi a frase acima dos Engenheiros do Hawaii não por apenas gostar de rock, mas porque espelha também como está a minha vida nesse inicio de ano: “Domei a fera” e “A dor já era”. Essas duas e breves citações dizem muito sobre o que procurei no ano passado e pelo que vejo estou indo muito bem. Fico muito tranqüila de começar um novo ano com as renovações internas, esperanças do por vir, crer no que não vi com olhos humanos, mas na certeza certeira de que tudo tem o seu tempo e a colheita dos bons frutos está mais presente do que nunca. Termino esse primeiro texto do ano desejando a todos um grande 2011 e que todos os desejos do seu coração possa ser realizado.

Lembre-se: Tudo é possível!

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