quarta-feira, 25 de agosto de 2010

25/09/2010

“O teu amor é uma mentira
Que a minha vaidade quer
E o meu, poesia de cego
Você não pode ver (...)
O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba a gente pensa
Que ele nunca existiu (...)
Te ver não é mais tão bacana
Quanto à semana passada (...)
Mas ficou tudo fora de lugar
Café sem açúcar, dança sem par
Você podia ao menos me contar
Uma história romântica (...)”
(O nosso amor a gente inventa – Cazuza)

Louca de amor ou cega de esperança?

Alguns dias perguntaram: Como dizer "eu te amo" é mais fácil?

Fiquei pensando por alguns uns minutos e descobrir que não tinha uma resposta objetiva, inteligente e madura para está pergunta. Então, lancei a mesma pergunta a uma das fraternidades e deu uma resposta plausível:

- Muitas pessoas dizem "eu te amo" sem entender o que significa amar. Só quem amou ou ama verdadeiramente, sabe o peso que tem essas palavras. Se o individuo ama ou amasse como diz, repetia, jurava e prometia. E não tomaria atitudes e tratamentos ao contrários as palavras proferidas.

Depois de ler a opinião da amiga, imaginei como deve ser complicadinho mesmo manter um relacionamento de longa data, principalmente nessa área amorosa. Sofrer por alguém que não merece seu total empenho, dedicação, devoção. Quem sabe talvez um dia tenha merecido tanto amor assim. Mas querendo ou não a pessoa desiludida, decepcionada com “amor” vai passar pelo vale da dor, transformação interna, avaliando onde errou ou acertou. Não importando nada dos autos questionamentos, de alguma forma a pessoa sensata vai tirar algum proveito deste momento. Embora, venha ter um ciclo seleto de amizades, o individuo sente de certo modo sozinho, nem os amigos conseguem preencher essa dor, essa perca momentânea.

Nós seres humanos possuímos um coração frágil, cheio da sede de encontrar um alguém especial que nos aceite do jeito que somos, com defeitos ou não, sem questionar o porquê disso ou daquilo, com a expectativa de moldar o outro ser ao nosso perfil.

Nestes dias andei ouvindo a filosofia: Aprender a experimentar o desamor ou descaso no relacionamento. Uma das indagações que chamou atenção foi:

- Bem que podia: “desaprender amar este alguém” sem ser a quem não tivesse que, aprender a esquecer um alguém que não tivesse sido um dia a razão do meu respirar, o sonho, o caminho.

No final das contas caro leitor, as pessoas nunca estão satisfeitas por um lado desta vida a dois. Alguns amam de mais e outros amam de menos. O que seriamos se não fosse o equilíbrio? Por mais duro que seja a realidade, mas é isso que dá o gás de continuar buscando a intensidade do dia a dia.

Em uma hora dessas estive a ouvir outra amiga que também está passando por um momento delicado no relacionamento. Durante a nossa conversa desabafou algo que também percebi que é uma problemática dos casais. De acordo com que está vivendo, diz está cansada de que o outro faça as coisas por meras obrigações, como tomar a iniciativa de ir acompanhar a livraria e escolher um livro para aula de Frances, vai por uma questão de ir e não por que deseja estar ao lado.

A pessoa pode ser melhor o que for mais não é essencial e diferencial para tomar nos braços e carregar no coração. Não passa apenas de um ser que está ali preenchendo uma lacuna provisória até encontrar outro que possa ser melhor, viverem outras experiências, aventuras e quem sabe dizer: Aqui está o que tanto procurei. E, no final não passa de um mais um ser que, de tanto procurar acabou aceitando o amor de quem não o conhece, preferindo este amor desconhecido a ter perdido o sentido de tudo. Na verdade o individuo apenas vive a desventura da paixão, fazendo dela mais uma transformação pessoal e querendo ou não até egoísta.

Então fica outra pergunta: Será que esquecer um amor com outro “amor/paixão” ajudaria?

Em minha opinião não vejo que adianta se dedicar tão afundo a uma pessoa. No final das contas quem sofre é quem se dedicou ao extremo (Como já foi citado no inicio). Por isso que deve ter o equilíbrio, mas como? O ser apaixonado perde a linha. Sem querer elabora a pessoa ideal, o vislumbrando e algumas vezes o espelhando outra pessoa, louco não?! Mas isso tudo é a falta de algo, a falta de auto-reflexão, tentar fechar-se por um tempo o coração para balança. Tem pessoas que não se curti depois de terminar o relacionamento e quando vê já está em outro, sem tempo para voltar conhecer-se intimamente, talvez descobrir o que gosta ou deixou de gostar. Aí está um dos problemas da nova geração quando não se fecha um pouco para trabalhar o que foi ferido, parece que tem medo da solidão, a solidão é boa por um tempo e por que não depois do término de anos de namoro/casamento? Ajuda de alguma forma em nosso crescimento como indivíduos.

E, algumas outras perguntas foram feitas: como não machucar-se em um relacionamento ou amor frustrante? Como prevenir?

A resposta veio durante estes dias. Mas da mesma maneira fui bombardeada no pensamento de perguntas:

É preciso saber que a outra pessoa também não planeja te machucar?
Ela pode também ser fisgada por outro amor sem procurar?
É normal você perceber de deixou de gostar tanto de quem um dia você amou?

Nossa fiquei surpresa, após análise dessas questões. Querendo ou não, a pessoa apaixonada, interessada, vislumbrada, ou seja, o que for, tem o coração desejoso e sincero. Acredito que ninguém machuca ninguém por machucar, ás vezes o indivíduo nem sabe se tem alguém apaixonado ou sonhando com ele, é quando outro que não está nem ai tomam atitude que termina iludindo o ser platônico sem nenhuma terceira intenção. E quem está errado nesta história? Sinceramente? Ninguém está errado. Infelizmente, como muitos dizem: ninguém manda no coração e querendo ou não devemos está preparada para tudo.

Não existe um meio certeiro de prevenir nada, se tivesse esse método de prevenção, seriamos seres humanos vazios no coração. Talvez a “prevenção” seja a sinceridade e o pé no chão é uma forma legal de conduzir as coisas do coração, não permitindo os 100%. agir por impulso, mesmo sabendo que o coração é bobo demais.

O fim, insegurança ou um começo de um relacionamento é sempre uma nova descoberta, seja ela boa ou ruim, mas nada que o tempo possa contribuir para agregar outros sentimentos positivos: como aprendizagem do crescer nas relações, o perder do medo para viver outras coisas desta vida. Sofrer?! Oh! palavrinha, mas é o libertar, é o que dará ênfase ao que está sendo expressado nestas linhas. É algo intenso. Justo de certo modo. Por que abre outros canais da alma, onde enxerga o além do que se ver.

Um lado que até concordo é o famoso: Apego humano. Isso dói, quando você se apega a pessoa e passa a gostar dela. Para desapegar demora um pouco, como sempre digo: Isso também passa.

O sofrimento é um dilema de humanos quase “desracionais”. Faz parte da linha de raciocínio do sentimento do individuo. Sei e entendo como deve ser complicado. Por isso meu caríssimo, gosto da liberdade que é posta todos os dias, mas como qualquer outro ser, necessita-se ter um alguém por perto, que nos curta, mesmo que as vezes não pareça dar a mínima para nós. Mas, sempre este mesmo alguém “ausente” voltará para o abraço acalentado de ternura, o beijo apaixonado ou a mão amiga mais que presente. O melhor ainda é quando você quer está ao lado dessa pessoa e sabendo o que queremos para o futuro a dois, ou a um?! (hahahahah)

Aqui fica outra pergunta: Vale à pena sofrer ou continuar correndo risco por um amor, paixão, aventura?

Sabe a resposta? Claro que vale! A cada dia tenho certeza disso, por mais que tenha escrito um monte nessas breves linhas, sei que a qualquer momento posso entregar-me a um novo amor, uma nova paixão ou uma aventura. Apenas, vou curtindo a boa fraternidade, dando a oportunidade de apaixonar-me pelas coisas da vida, levando crédito a sentimentos de desejos por aquele e aquela que estimo, encantando e desencantando, sorrindo em meios as lagrimas do sorrir levemente saltitante.

Moral de tudo: Melhor tentar e viver, do que se arrepender de nunca ter tentado. Como diz uma fraterna: O que faz você feliz? Seguir em frente ou ficar indiferente?. Ou como muitos que andei a ler os seus status e deixam-se abater pelas circunstancias: Com menos expectativas, ilusões amorosas podem ser evitadas. Sabe de uma coisa que volto a lembrar? Viva e Tente!. Pense nisso.

"Amar, se aprende amando..." (Drummond)

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